Um projeto de lei enviado pelo prefeito Diogo Ceschim prevê a criação de uma nova taxa de iluminação pública em Pompeia. Se os vereadores aprovarem a proposta como está, moradores, comércios e empresas passarão a pagar até R$ 132,16 por mês – diretamente na conta de energia elétrica.
Apesar da gravidade do impacto, a Prefeitura não convocou nenhuma audiência pública e também não informou a população sobre os valores envolvidos. Com isso, muitos pompeianos ainda desconhecem o que está prestes a ser votado.
Falta de transparência e justificativas
Mesmo arrecadando mais nos últimos anos, a Prefeitura decidiu transferir ao cidadão um custo que sempre bancou com recursos públicos. Além disso, não apresentou nenhum estudo de impacto financeiro, não estimou quanto pretende arrecadar e tampouco justificou por que abandonou o modelo que manteve por mais de uma década.
Por outro lado, cidades vizinhas como Oriente e Quintana já modernizaram sua iluminação pública com tecnologia LED sem cobrar qualquer taxa da população. Isso mostra que é possível oferecer o mesmo serviço com responsabilidade e sem penalizar o contribuinte.
Tentativa de votação às pressas
Na véspera da 15ª Sessão Ordinária, realizada em 12 de maio, o prefeito convocou uma reunião privada com os vereadores. Ao seu lado estavam o secretário de Justiça e Cidadania, Peterson Sampaio, e o advogado Gustavo Rissato Moris.
Durante a reunião, ele tentou aprovar o projeto de forma imediata — ignorando as comissões permanentes, evitando análise técnica e sem qualquer discussão pública. No entanto, os vereadores Jorge Noboru Mizoguchi e Rodolfo Filgueira Marino impediram a manobra e exigiram o cumprimento do Regimento Interno da Câmara.
Graças à intervenção, o projeto seguirá os trâmites legais e será analisado com mais rigor.
A população precisa reagir
Atualmente, o projeto está em tramitação na Câmara Municipal. Se os moradores não acompanharem e não se manifestarem, a conta vai chegar — e vai pesar.
Pagar mais de R$ 130 por mês é demais para ser aprovado no silêncio.
