Na noite de ontem, o lançamento da 34ª Festa do Peão de Pompeia foi marcado por um evento fechado no Braseiro. Com costela no fogo, chopp gelado e whisky à vontade, o que deveria ser o pontapé inicial de uma festa tradicional da cidade virou um banquete exclusivo para poucos.
Nem o povo, nem os peões — protagonistas do evento que dá nome à festa — foram convidados. A comemoração foi restrita a um seleto grupo de amigos, secretários e apoiadores do prefeito Diogo Ceschim. A população, que lota arquibancadas e ajuda a movimentar a economia durante o evento, ficou do lado de fora. Literalmente.
Enquanto os convidados brindavam, nas redes sociais surgiam os questionamentos: quem pagou por tudo isso? A ausência de prestação de contas reforça o velho problema da gestão atual — muita festa para poucos e pouca explicação para todos.
Se a Festa do Peão é do povo, por que a celebração do lançamento parece ter sido feita apenas para quem está na sela do poder?
Mais uma vez, o governo municipal confunde o público com o privado. E, no final, o gosto amargo da exclusão vem acompanhado do cheiro forte da carne — e do velho hábito de brindar entre os de sempre.