O lançamento da 34ª Festa do Peão de Pompeia, realizado em evento fechado com costela, chopp e whisky liberado para aliados do governo, continua gerando desconforto — e agora por conta da conduta de um dos principais nomes do gabinete.
Veio a público uma conversa entre o chefe de gabinete do prefeito, Lucas José Sena da Silva Minineli, e uma servidora pública concursada e apoiadora declarada da atual gestão, que questionava sua exclusão da comissão feminina do rodeio. Ao invés de diálogo, recebeu desdém e intimidação. Após ser cobrada, Lucas respondeu: “não tenho obrigação de te responder”, finalizando com: “arque com as consequências das suas palavras”.


Segundo o Portal da Transparência, Lucas recebe R$ 16.208,88. Além disso, possuí outros familiares na administração. O valor total recebido pela família pode chegar a casa dos 30.000 mensais.
O episódio levanta um alerta grave sobre o uso do poder público para fins pessoais e políticos. Trata-se de uma servidora de carreira, com histórico de apoio ao grupo que hoje governa, sendo ameaçada por exercer seu direito de questionar decisões administrativas sobre um evento que, em tese, deveria ser público.
Mais do que um caso isolado, a conversa expõe o ambiente de autoritarismo e favorecimento que tem marcado a atual gestão: quem questiona, é afastado. Quem se cala, é premiado.
Enquanto a festa se desenha como um privilégio para poucos, o que sobra à população — e a quem serve o município com dignidade — é o silêncio, ou a ameaça.