Júnior Fidelis invadiu a contramão, causou um acidente com morte e agora ouviu a sentença da Justiça.
“Que maravilha andar pela terceira pista em que não há nenhum trânsito.” A frase foi dita por Júnior Fidelis poucos segundos antes de cruzar para o lado errado da SP-294 e bater de frente com um caminhão. Era noite, ele estava embriagado, havia tomado remédios controlados — e a tragédia aconteceu.

O acidente matou Gabriel Freire Telles da Cruz, de 20 anos. Jhonatan Anjos, que estava no banco de trás, sobreviveu depois de entrar em coma, passar por cinco cirurgias e enfrentar uma longa recuperação.
Cinco anos se passaram até a Justiça anunciar a pena: 5 anos e 10 meses, em regime semiaberto. O caso, mais uma vez, levanta a pergunta: quando dirigir bêbado, matar alguém e seguir a vida vai deixar de ser tratado como um “erro” — e passar a ser tratado como crime de verdade?

Além da dor da família da vítima, o nome Fidelis voltou a ser assunto na cidade. De novo. Em meio aos comentários, um processo antigo voltou a circular. De acordo com os autos do processo nº 0161137-85.2020.8.19.0001, da 33ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, Jorge José Fidelis da Silva, irmão de Júnior, foi preso em flagrante por furto. Embora o caso seja de outro Estado, o episódio é lembrado por muitos como mais um capítulo do histórico que envolve a família.
Enquanto isso, a família do jovem enterrado tenta seguir em frente. Já Júnior Fidelis — mesmo condenado — continua por aí.
E a cidade inteira se pergunta: até quando?