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Uniformes atrasados, contratos suspeitos e o homem de confiança do prefeito: Levi na mira

Enquanto alunos enfrentam o frio sem uniforme, licitação milionária repete modelo de outras cidades e levanta suspeitas de favorecimento. Levi Gomes, peça-chave do governo, agora pode sair. Mas a gestão parece mais preocupada em gravar vídeos do que em vestir as crianças.

Junho chegou com frio — e silêncio. Nas escolas da rede municipal de Pompeia, as crianças seguem sem os uniformes escolares prometidos. A licitação que deveria garantir esse direito básico não apenas atrasou: veio cercada de suspeitas. O edital, orçado em mais de R$ 2,4 milhões, é praticamente uma cópia do processo realizado em Ubatuba. E a empresa vencedora? A mesma que atuou lá… e também em Marília.

E mais: em Pompeia, essa mesma empresa ficou em terceiro lugar na disputa. Só assumiu a liderança após a desclassificação sucessiva das duas primeiras colocadas — um padrão que levanta ainda mais suspeitas sobre o real direcionamento do certame.

Marília, aliás, não é coincidência. Lá atuava como chefe de gabinete o atual Secretário de Finanças de Pompeia, Levi Gomes de Oliveira — nome que o prefeito Diogo fez questão de anunciar como alguém de sua “total confiança”. Agora, com as denúncias ganhando corpo, há rumores de que Levi pode ser exonerado. Mas sua eventual saída seria resposta… ou encenação?

O que precisa ser dito — com todas as letras — é que o atraso na entrega dos uniformes não parece ser mero descuido. A demora criou as condições ideais para ajustes no processo, desclassificações consecutivas e a homologação da mesma empresa que já atuou em licitações semelhantes em Marília e Ubatuba — contexto que, no mínimo, exige apuração rigorosa. Enquanto isso, a Prefeitura prioriza o que realmente importa para ela: vídeos, reels e postagens nas redes sociais. Tudo muito bem editado. Menos os processos internos.

Quem planejou a licitação? Quem permitiu o reaproveitamento de modelos de fora? Por que a mesma empresa venceu em cidades com ligação política e funcional? E, principalmente: quem ganha com o atraso?

O uniforme não chegou. O frio não espera. Mas o marketing da Prefeitura segue em dia.

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